Maio 22, 2025
O SAP Green Token é uma solução inovadora que visa garantir a rastreabilidade e a transparência de materiais sustentáveis ao longo da cadeia de abastecimento. Desde o seu lançamento, a plataforma tem sido um pilar fundamental para empresas comprometidas com a sustentabilidade, oferecendo uma forma de rastrear a origem e o destino dos materiais de maneira confiável. No entanto, a SAP, em uma tentativa de otimizar ainda mais essa solução, decidiu remover o componente de blockchain da sua arquitetura. Mas o que isso significa para as empresas e o futuro da rastreabilidade de materiais sustentáveis?
Quando o SAP Green Token foi lançado em 2019, o blockchain foi escolhido como a tecnologia principal para garantir a integridade dos dados e a transparência nas transações. A ideia era criar uma rede descentralizada que possibilitasse a colaboração entre todas as partes da cadeia de abastecimento, proporcionando um ambiente seguro e imutável onde os dados sobre materiais sustentáveis fossem registrados de forma transparente.
Essa escolha parecia ideal para garantir uma rastreabilidade completa e de confiança, especialmente para as empresas que operam com materiais sustentáveis e precisam de garantir a conformidade com as exigências regulatórias e ambientais. Porém, com o tempo, tornou-se claro que o blockchain, apesar dos seus benefícios, não era a solução mais prática e eficiente para todos os cenários.
Com o passar dos anos, a adoção de blockchain nas cadeias de abastecimento revelou desafios inesperados. Muitas empresas começaram a perceber que, embora o blockchain fosse útil para a rastreabilidade, a sua implementação trouxe uma camada adicional de complexidade que nem sempre era necessária. Além disso, a chamada “fadiga do blockchain” passou a ser um fenómeno recorrente. As empresas que estavam inicialmente entusiasmadas com a ideia de uma rede descentralizada começaram a questionar a real necessidade dessa tecnologia nas suas operações diárias.
Estudos recentes, como o da McKinsey (2024), destacam que a visibilidade nas camadas superiores da cadeia de abastecimento (tier-1) tem aumentado, mas a transparência em níveis mais profundos tem diminuído. Além disso, uma pesquisa da Gartner apontou que até 2023, 90% das iniciativas baseadas em blockchain enfrentariam desafios significativos, com muitas delas caindo no “Trough of Disillusionment” do ciclo de hype da tecnologia.
Com base nessas percepções e no feedback dos clientes, a SAP tomou a decisão estratégica de remover o blockchain do SAP Green Token e migrar para SAP HANA. Essa mudança visa oferecer uma solução mais simples, eficiente e ágil, sem comprometer a auditabilidade e a rastreabilidade dos dados. Ao adotar o SAP HANA, a SAP melhora a velocidade das transações, a segurança e a eficiência da plataforma, permitindo que as empresas continuem a garantir a conformidade com as exigências regulatórias, mas de uma forma mais rápida e sem a sobrecarga do blockchain.
A transição para SAP HANA também mantém os princípios fundamentais do SAP Green Token, como o uso de “gemeos digitais” (digital twins) para representar materiais e transações no mundo real. Agora, as transações são mais rápidas, a recuperação de dados mais eficiente e, o mais importante, as empresas continuam a ter acesso a uma solução segura e auditável, que garante a transparência e a rastreabilidade ao longo da cadeia de abastecimento.
A migração para SAP HANA traz vários benefícios para as empresas que já utilizam o SAP Green Token, incluindo:
O SAP Green Token evoluiu para se tornar uma solução mais simples, eficiente e poderosa para a rastreabilidade de materiais sustentáveis. A migração para SAP HANA não apenas otimiza o desempenho da plataforma, mas também assegura que as empresas possam continuar a avançar com suas iniciativas de sustentabilidade, sem as complicações adicionais do blockchain.
Com a crescente pressão para adotar práticas mais sustentáveis e transparentes, o SAP Green Token se posiciona como uma ferramenta indispensável para as empresas que buscam não apenas cumprir com as regulamentações, mas também impulsionar a transparência e a confiança ao longo de toda a sua cadeia de abastecimento. E, com essa atualização, as empresas podem esperar um desempenho ainda mais ágil, mantendo o foco na rastreabilidade e na auditabilidade dos materiais sustentáveis.